Sempre lembro a frase “assim caminha a Humanidade”. Talvez seja o título de um livro, de um filme, propaganda de ortopedista... Mas é uma pena que eu não tenha criado. De cara, faria um pequeno “ajuste”. Pequeno e indispensável, por assim dizer. Modificação das mais essenciais. Quem disse que a Humanidade caminha? Não, ela não caminha. Caminhar dá uma noção de tranquilidade. Remete a um bucólico passeio ao entardecer. Com direito a pôr-do-sol e tudo mais. Sinceramente, isso não convence. A Humanidade não anda, não. Agora, ela corre, mano. E com motor turbinado 2.0. Se o trânsito permitir, obviamente. No dias de hoje, uma parte significativa dela está presa em algum engarrafamento qualquer. Aí a Humanidade se estressa. Xinga a mãe da Humanidade mais próxima. Algo muito triste e deprimente de se ver.
Mas a Humanidade encontra outra alternativa.
A Humanidade também pode voar. E a maioria voa de classe econômica. Porque não
só o avião, como o preço da passagem está nas alturas. Assim a Humanidade acaba
indo pro céu, sentada em cadeiras minúsculas. Feitas por quem acha que ela não
precisa de joelho. E a comida ruim. E sempre insuficiente. Uma verdadeira
miséria de bolacha raquítica com suco de maracujá. A fruta predileta das
companhias. Servida justamente para que Humanidade não se estresse. Mas veja
só. Não tem jeito. A Humanidade acaba se estressando. Chega a praguejar em
pleno céu. Uma grandessíssima blasfêmia! Algo muito triste e deprimente de se
ver.
Por isso, a minha frase seria um pouco
diferente. Trocaria apenas o verbo. Porque a Humanidade definitivamente não
caminha. A Humanidade tropeça. Sim, ela troooo... ops!... peeeee.... ops!
caaaaaiiiuuu. E infelizmente é isso aí que acontece. A Humanidade acaba mesmo
caindo. E se for pra cair, que pelo menos seja no riso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário